
O ensinamento estudado hoje se chama "Examina a própria aflição", que ocorreu em reunião pública de 13/02/1959 e que estuda o "Livro Terceiro - Leis Morais", "Capítulo XII - Perfeição moral", seção "Das paixões", item 908 de "O Livro dos Espíritos".
Para ver o ensinamento integral contido nestes temas, consulte as obras "Religião dos Espíritos" e "O Livro dos Espíritos".
Estudo realizado:
Por vezes na vida, passamos por inúmeras aflições. Devemos, quando passarmos por elas, identificá-las e tendo feito a identificação, examiná-las, e cuidar delas adequadamente.
Certamente, todos nós passaremos por inúmeras aflições, e certamente na vida, encontraremos algum dia, a morte. Esta é a única certeza que temos na vida.
Devemos lembrar também que vivemos em um mundo de provas e expiações. E isto significa ter aflições também na vida. Estamos todos no mesmo barco. Uns passando por algumas situações, outros passando por outras. Muitas pessoas passam por situações muito piores do que a nossa, situações que nem sequer conseguimos imaginar.
Fé. Devemos ter fé para passar pelas aflições. Jesus veio aqui e o que teve em troca? Ele simplesmente morreu crucificado e injustamente. Ele nunca perdeu a fé. Ele só nos deu bons exemplos, boa atitudes, nos mostrou que isso tudo aqui não passa somente de uma passagem e já que é assim então, devemos fazer desta viagem, uma viagem serena, acreditando em um futuro melhor.
Como disse Emmanuel ao Chico Xavier, devemos examinar as nossas aflições.
Se sentimos uma inquietude arrasadora, devemos tomar o cuidado de não transformar esta aflição em uma tempestade de emoções que se descontrolam ao ponto de perdermos a razão e o sentido da vida.
Como diz Emmanuel, as aflições se dividem em tipos e em nomes, vamos então relembrar:
A aflição do egoismo é a egolatria, que é o EU, o ego, que é o centro de tudo, a pessoa que trata somente dos seus próprios interesses. E isto não é bom. É o oposto do amor.
A aflição do vício é a delinquência, quando passamos a agir de forma inadequada em nossa sociedade.
A aflição da agressividade é a cólera, quando sentimos raiva ou ira. Nada traz de bom também. Só perdemos tempo sentindo isso e nada resolve.
A aflição do crime é o remorso, pois é arrependimento que sentirá a pessoa que o praticar, mais cedo, ou mais tarde. E às vezes, não há mais tempo para voltar atrás, o que causará mais remorso ainda. Novamente, não vale a pena.
A aflição do fanatismo é a intolerância, quando não conseguimos respeitar as diferenças em crenças ou opiniões. Somos todos diferentes e isto não significa que somos melhores ou piores.
A aflição da fuga é a covardia, quando não tentamos, não buscamos, quando temos medo de lutar, quando somos fracos. Quando deixamos de fazer algo ou desistimos no meio do caminho. Quando não temos confiança em nós próprios.
A aflição da leviandade é a insensatez, quando agimos com desequilíbrio, sem noção das coisas ao nosso redor.
A aflição da indisciplina é a desordem, quando não seguimos a ordem das coisas, quando não seguimos leis estabelecidas, quando não respeitamos regras.
A aflição da brutalidade é a violência, quando exercemos uma força desproporcional do poder, abusando do mesmo, em detrimento do princípio de integridade, seja ela moral, física, emocional, religiosa, étnica, doméstica, familiar etc.
A aflição da rebeldia é a preguiça, quando somos avessos ao trabalho, quando somos moles, negligentes.
A aflição da vaidade é a loucura, quando somos insanos, desvairosos, quando perdemos o nosso juízo, quando perdemos o discernimento, quando perdemos a razão.
A aflição da indiferença é o desânimo, quando sentimos uma tristeza profunda, e não temos vontade de nada.
A aflição da inutilidade é a queixa, quando nos lamentamos, quando estamos descontentes, desgostosos, ressentidos.
A aflição do ciúme é o desespero, quando somos impacientes ou ficamos angustiados, irritados, com alguma situação que não nos cabe mudar.
A aflição da impaciência é a intemperança, quando não temos controle de nossos atos ou ações.
A aflição da sovinice é a miséria, quando sentimos necessidade, extrema pobreza, em estado de penúria.
A aflição da injustiça é a crueldade, quando agimos de forma maldosa com nosso próximo.
Examinemos qual é a nossa aflição. E quando a detectarmos, tomemos a ação de a corrigir. Tornando o mal em um bem.
Deus está conosco. Sempre. Mesmo quando não estamos com ele.
Perguntas que pode se fazer a si próprio:
- Uma reflexão apenas, examine tua aflição, o que te aflige. Verifique o porquê disto e lembre-se de Deus. Que o quer feliz, sempre.










